SANTO AGOSTINHO, FUNDADOR, BISPO E DOUTOR DA IGREJA
Santo Agostinho (Aurelius Agostinho) era uma alegre criança, travessa e amante da amizade, com inteligência clara e coração inquieto, não gostava muito de estudar porque os mestres usavam métodos agressivos. Seus país foram o pagão Patrício e da fervorosa cristã Mônica que posteriormente também se tornou santa. Como se sabe, nasceu em Tagaste, Norte de África, na Província romana da Numídia (hoje Souk-Ahras, na Argélia), no dia 13 de Novembro de 354. Foi também no dia do seu 32o. aniversário natalício, em 386, portanto há 1629 anos, em Cassicíaco, perto de Milão, que começou a escrever uma das suas primeiras obras, De Beata vita, um diálogo acerca da felicidade. As Confissões foram escritas entre os anos 397 e 400.
Africano pela lei do solo, romano pela cultura e língua, e cristão por educação. Agostinho, jovem, de temperamento impulsivo e veemente, se entrega com afinco ao estudo e aprende toda a ciência do seu tempo. Chega a ser brilhante professor de retórica em Cartago, Roma e Milão. Seu coração, sempre aberto à verdade, chega ao encontro da graça pelo caminho da interioridade, apoiado pelas orações de sua mãe, que na infância lhe havia marcado com o sinal da cruz. Em Cassicíaco, recinto de paz e silêncio, põe em prática o Evangelho em profunda amizade compartilhada: vida de quietude, animada somente pela paixão à Verdade. Assim se prepara para ser batizado na Noite da Páscoa 24-25 de abril de 387 em Milão por Santo Ambrósio.
Com a morte de sua mãe no porto de Roma – vende suas posses em Tagaste e projeta seu programa de vida comum: pobreza, oração e trabalho. Por seus dotes naturais e títulos de graça, cresce em torno dele um grupo de amizade e funda para a história o Monacato Agostiniano. No ano 391 Agostinho é proclamado sacerdote pelo povo e, cinco anos mais tarde, os cristãos de Hipona o apresentam para o Episcopado. Consagrado bispo de Hipona – título de serviço e não de honra – converte a sua residência em casa de oração e tribunal de causas. Inspirador da vida religiosa, pastor de almas, administrador de justiça, defensor da Fé e da Verdade. Prega e escreve de forma incansável e condensa o pensamento do seu tempo. Santo Agostinho morre em Hipona em 28 de agosto de 430, aos 76 anos.
Seu legado é de extrema importância para a igreja como um dos padres da patrística. Quando o Império Romano do Ocidente começou a ruir, Agostinho desenvolveu o conceito de “Igreja Católica” como uma “Cidade de Deus” espiritual (na obra homônima) distinta da cidade terrena e material de mesmo nome. “A Cidade de Deus” estava também intimamente ligada ao segmento da Igreja que aderiu ao conceito da Trindade como postulado pelo Concílio de Niceia e pelo Concílio de Constantinopla.
Santo Agostinho, rogai por nós!